Quando a vida está para nós...

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Num monte longe de tudo encontramos o nosso retiro de fim de semana. As janelas amarelas marcavam, ainda longe, o nosso destino. Malas finalmente pousadas em terra, acompanhadas por risos trocistas de quem faz comparações entre os tamanhos económicos-económicos e os vim-prevenida-para-quinze-dias.
Abrem-se as portadas e multiplicam-se os encantos. Estamos rodeadas de montes, numa imensa manta verde pincelada aqui e ali por cavalos selvagens.
Conhecem-se os cantos à casa à medida que vamos começando a ser brindadas por um friozinho que exige a estreia da lareira! Temos apenas dois dias pela frente mas é visível em todas a vontade de os fazer valer por dez…
A lista de dvs’s era longa e fazia prometer boas sessões de cinema no sótão, entre pufs, mantas e castanhas assadas a fazer vez das pipocas. Elegem-se as preferências mas há sempre quem não resista ao cansaço trazido da cidade e se renda ao sono.
A banda sonora vai também variando, acompanhando conversas à lareira das que ficam com a entrada da cozinha expressamente vedada por cozinheiras inspiradas que se esforçam para surpreender.
Mais filmes e conversas até amanhecer, sonos repostos, pequenos-almoços de gala às duas da tarde, passeios por trilhos escondidos, almoços à hora de jantar… O relógio ali anda à nossa vontade e tudo parece tão perfeito que só o imperativo do regresso ao Porto nos chama à realidade. Ainda tentamos prolongar – e se ficássemos mais uma noite? Três dias? Uma semana? =) Infelizmente os afazeres da cidade são mais fortes… Fecham-se as portadas e ruma-se ao Porto, onde o relógio pode não obedecer tanto ao nosso ritmo mas onde continuo a ter o aconchego do melhor dos mimos –VOCÊS!
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PS – Um obrigado gigante à anfitriã por nos ter tratado como princesas. As saudades começaram a crescer logo no instante em que partimos…

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